3 de outubro de 2011

A única pessoa

Já perdi a conta de quantos "eu te amo" já ouvi. E nem vou saber quantos mais irei escutar.

Já perdi a conta dos beijos roubados, molhados e suados. E ainda quero todos em dobro.

Já perdi a conta de quantos conselhos seguidos. Mas já esqueci a maioria deles.

Já perdi a conta de quantas cartas eu não entreguei. Por mais que eu releia e mesmo assim não as entregue.

Já perdi a conta das ligações. Até as do Skype.

Já perdi a conta de quantas lágrimas por você. De tristeza, alegria e desespero.

Já perdi a conta de cada momento emocionante já vivido. Dos ruins aos de expectativas superadas.

Já perdi a conta de muitas coisas ao longo de apenas quatro anos. Já perdi a conta de quantas coisas uma única pessoa já me fez sentir. 

Mas sei que é apenas um o sentimento que resume tudo isso. E só essa única pessoa sabe do que estou falando.

O que é para sempre afinal?

Nada. Nada na vida é para sempre.

Aquela amizade sempre acaba. Aquele amor em especial, também.

Se a vida por si só, acaba, o que dirá um sentimento ultrapassar tão fria barreia.

Não faça nada pelo seus amigos, não vale a pena. Não corra atrás, será em vão.

Deixe que com o tempo, a amizade morra, é inevitável.

Mas faça tudo que você sentir vontade, isso sim. Se realmente quiser correr atrás, corra.

Só que eu, não quero jogar meu tempo no lixo.

Eu faço tudo pelos meus amigos. Pelos amigos que merecem.

E se você encontrar algo que tenha perdurado, não se preocupe: o maldito tempo se encaminhará de acaba-lo.