31 de maio de 2011

Onde você mora? Favela ou bairro?

Cá entre nós, problema por problema, não existiria lugar algum do Estado do Rio de Janeiro que pudesse ser chamado de bairro efetivamente. Para começar um singelo significado de favela retirado do wikipedia, onde diz que esta é uma área degradada de uma determinada cidade caracterizada por moradias precárias, falta de infraestrutura e sem regularização fundiária.

Vamos aos fatos: A prefeitura do Rio de Janeiro afirma que agora, existem nada mais nada menos que 44 ex-favelas. Segundo nossa singela definição, e com algum raciocínio lógico, quer dizer que temos 44 favelas que ganharam moradias decentesinfraestrutura adequada e regularização fundiária. Sabemos que não é todo mundo que tem fácil acesso àquelas favelas, porém o jornal O Globo de hoje (31/05), divulgou uma reportagem com opiniões de alguns moradores do pavão-pavãzinho, umas das "ex-favelas", sobre a nova nomenclatura que o local ganhou. Elaine Barbosa Santana, 23 anos, foi clara: "Isso não é bairro". As condições do local onde Elaine mora não mudaram ao ponto de dizer que o lugar se tornou um bairro decente.

Jorge Bittar, secretário municipal de Habitação, tentou esclarecer: "Quando digo que uma comunidade é bairro, não digo que ela não apresenta este ou aquele problema, mas que já apresentou investimentos globais em rede de esgoto, rede elétrica, controle de encostas e equipamentos de saúde, lazer e educação". Investimentos estes que não tiveram continuidade. A administração municipal nomeou as 44 "ex-favelas" como bairros pelo fato delas terem recebido obras de infraestrutura há 20 anos atrás.

*As fontes de algumas informações deste post foram retiradas do jornal O Globo do dia 31/05/11.






26 de maio de 2011

Minhas outras vertentes


Nas horas vagas...

24 de maio de 2011

Amo e não nego

Não nego em dizer que estou amando. Não nego em falar que estou apaixonada. Já escrevi milhares de coisas a respeito dele, mas parece que sempre surgem mais coisas.
Este ano vamos fazer 4 anos de namoro. Eu to muito feliz mesmo. E parece que nos conhecemos há algumas semanas. Passou rápido, mas aproveitei cada momento, sem esquecer das brigas. Eu queria congelar cada momento que passou que foi maravilhoso. Congelaria cada abraço, cada beijo, cada amor: do casual ao mais quente. Congelaria cada risada, cada bronca. Congelaria cada carinho no meu rosto, cada cheirinho que ele me dá no pescoço. Congelaria cada "eu te amo".
Ele não em completa, me soma. O que eu quero, ele quer mais. O que eu sou, ele é mais. Talvez o que eu o ame, ele me ame mais.
É difícil dizer o que precisa para uma relação dar certo. Precisa de muitas coisas, ao mesmo tempo em que nada é necessário. Necessita-se compreensão, paciência, amizade, fidelidade, respeito e respeito.
Respeito esse que muitos casais perdem, e uma vez perdido, respeito não se recupera jamais.
Alguns dizem que para estar ao lado de uma pessoa, deve-se conhecer seus defeitos, pois uma vez que se consiga lidar com eles, tudo será mais fácil. E acredito nisso. Mas o pior é que acredito não ter descuberto os defeitos dele, talvez eu não o conheça ainda. Talvez não, tenho certeza que conheço um Ramon diferente a cada dia que eu acordo, e acredito que será sempre assim.
O Ramon é a pessoa que me apoia em tudo. "Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, onde seus problemas serão meus problemas" essas foram as palavras que ele escreveu para mim assim que começamos a namorar. Mal sabia ele das coisas que viveríamos juntos, mal sabia que se encaixariam perfeitamente nas palavras que ele mesmo escreveu.
Já passamos muitas coisas juntos, muitas mesmo. A relação já se desgastou muito, mas o amor de verdade, aquele que está lá no fundo do coração, aquele que faz sua mão se mexer sozinha e ligar para pedir desculpas, esse, só aumenta cada dia mais. Aprecio o Ramon todo dia um pouco, assim como me estresso com ele todos os dias. Relação é loucura pura, é amor demais, é adrenalina, é gostoso demais. Ter um amado, é divino.
Amo amar. Amo o meu amor, Ramon Francisco.

23 de maio de 2011

Vale mais que mil palavras

Por Cris Mano

Um show de verdade

Primeira vez que vi o Engenhão cheio! Era lindo de ver, era um show de verdade, com cantor de verdade. Primeira música, primeira emoção, muitos gritos. Meus gritos. Terceira música e eu comecei a chorar. "All my Loving". Era lindo de ver, era lindo de imaginar. Como o tempo passa, e quantas coisas se vão. Sei que muitos naquele dia estavam recordando sentimentos e outros, assim como eu, estavam apreciando e quem sabe desejando, que houvessem bons artistas como ele, boa música como a dele. Música de verdade.
O show tem clima de saudade. Um dos últimos, que ele o faz como se fosse o primeiro. Mesmo rosto, mesma simpatia, mesmo talento, e que talento. Ele cantava e a gente se arrepiava.
As rugas faziam parte do show, a cada música elas se manifestavam, e se prestássemos bem atenção, elas contavam uma história a cada dedilhar.  Foi bom ver que os novos tempos ainda vangloriam aqueles tempos. Pois merecem.
Além de um maravilhoso show, ganhei também a certeza da minha profissão. Foi a primeira vez que cheguei a um lugar e instintivamente queria anotar tudo, registrar tudo, imaginei até uma entrevista com ele. Mas nada iria se comparar à minha memória, falha memória. Mas não dessa vez, nem que ela quisesse. Tudo está maravilhosamente armazenado em minha mente.
Na hora da saída todo mundo descendo as rampas, batendo palma e cantando o refrão de "Hey Jude". Arrepiei. Um arrepio de verdade, à ele, Paul McCartney.

20 de maio de 2011

E se mudássemos o ponto de vista?

Ninguém nos olha, ninguém nos nota, ninguém nos trata bem. As pessoas passam por nós e às vezes nos sentimos poderosos, pois talvez sejamos invisíveis. De dia passam atropelando, como se fossemos lixos, mas a noite seus olhos nos procuram com atenção, para qualquer ato falho, acelerar seus passos. Amigos não temos, às vezes um ou outro vira-lata, pelos mesmos problemas que nós, acompanha-nos na vida. E para ser sincero, não troco um vira-lata por nada. Foram os únicos olhos que me fitaram com verdadeiro carinho em toda minha vida. Foi a única presença que senti. É com ele que desabafo, é com ele que divido tudo o que eu não tenho.
Solidão é um sentimento muito ruim, estar sozinho, não poder contar com ninguém é perturbador. Não sou normal. Mas morar na rua não é fácil. As drogas pioram tudo, mas também fazem tudo melhor. Queria morrer, queria tentar um dia viver, mas não sei o que me espera ainda, minha vida é cheia de incerteza igual a sua, a diferença é que a sua é bonita. A sua é quente e confortável.
Um dia eu gostaria de ser tratado como gente, de saber o que é ter problema fútil, tentar entender cada banalisse humana. Para quem sabe tentar compreender o porque de nos olharem e não nos enxergarem. Somos seres humanos, sentimos frio sim, fome e medo também. Muito medo. Medo de vocês, que não nos entendem, que ainda tentam nos tratar como bichos. O sentimento humano é tão lindo, mas sei que o nosso é totalmente banalizado, sei que não temos voz, que não temos vez.
Por isso não troco meu vira-lata por nada, só com ele entendi o que é amor, o que é querer bem à um ser. Só com ele entendi o que é motivação para viver.

19 de maio de 2011

Preconceito maquiado

Há uma matéria no G1que diz "Novo site informa agenda LGBT e recebe denúncias on-line no Rio"

Todos sabemos que o homosexualismo em nossa sociedade é um assunto polêmico. Há quem assuma que não gosta deste "tipo" de gente, como também há alguns hipócritas por aí querendo se fazer de "moderninhos". São poucos os que tiram as vendas da ignorância e aceitam seus amigos homosexuais. 

Acontece, que uma atitude como esta divulgada na matéria, que tem apoio da Prefeitura do Rio, só coloca o preconceito em evidência. Não é necessário tratá-los como uma nova espécie que precisa de atenção especial. SÃO PESSOAS COMUNS! Não está claro isso? Não quero esconder que discriminação é um problema que deve ser trabalhado em todo o mundo, mas não dessa forma. Colocar gay's em lugares "especiais", para mim não é demonstração de que a sociedade está mudando ou se conscientizando. Muito pelo contrário, desta maneira coloca-se mais ênfase na discriminação. Fortalecendo indiretamente, que eles são diferentes dos outros. Assim como as cotas para negros em universidades. Negros são menos capazes e por isso precisam de "ajuda"? Isso não existe. Alunos não recebem preparo suficiente para disputar um lugar em grandes universidades e como forma de "ressarcimento", dá-se cotas para que assim possam tentar estudar. É como dizer: "Desculpa não ter lhe dado devido estudo, então toma essa cota para dizer que não lhe dei nada".
Se é para ser Direitos Iguais, tem que ser de verdade! Fingir que ajuda, só piora as coisas.





18 de maio de 2011

Se eu houvesse

Se eu houvesse que lhe pedir perdão por cada erro meu cometido, teria de fazer isso à cada hora, quiçá a cada minuto do dia. Se eu houvesse de lhe entregar uma rosa por cada bem querer seu à minha pessoa, teria de providenciar todas as rosas do mundo. Se eu houvesse que gritar à cada conselho seu, já não teria voz alguma, mas se eu houvesse que me calar a cada conselho seguido, talvez hoje minha voz estivesse intacta. Se eu houvesse que arrancar um fio de cabelo à cada força que me dá, já estaria com 1.000 fios negativos. Se eu houvesse que fazer uma boa ação para toda lágrima enxugada, o mundo estaria salvo. Se eu houvesse que dizer o quanto te amo à cada momento necessário, eu teria que ter aprendido a falar desde o dia em que você me pôs ao mundo. Te amo mãe.

Belém

Aqui estou, em Belém do Pará. Conhecer minhas origens e raízes eu vim, só não contava com tamanhas surpresas. Saudade bate no peito que falta explodir. Um alguém. Que agora faz tamanha falta.
Primeira surpresa; ambiente. Diferente. Mesmo que comum, era de alguma forma diferente. Não só ambiente, mas pessoas também. Lugar diferente, com pessoas que nunca na vida um ‘bom dia’ troquei, e com essas mesmo teria de passar forçados dias ali.
Sensação de estar longe de casa poderia ser o que mais machucava, junto também ao fato de que ali, por mais que agora eu ache o contrário, não era o meu lugar. Era um querer fugir e não poder. Muita gente, muitas lembranças, muitos sentimentos, e que nesses eu não fazia tanta parte assim e talvez por isso a insensibilidade inicial.
Segunda surpresa; adaptação. Graduada. Mas mesmo assim fácil. Complicado tentar entender como as mesmas estranhas pessoas nos lugares estranhos que estive, puderam naturalmente, encaixar-se a mim, de maneira que tudo se transformasse e se tornasse, ou simplesmente eu percebesse, que ali, eu estava era em família.
Da família encontrei de tudo um pouco, um pouco de todos os jeitos, um pouco de pequenas manias, um pouco de muito amor para dar.
Nota-se agora apenas, o fato. Voltar para casa. Acabou, que bom. Que triste.
Eu não poderia contar com aquelas minhas tais raízes, não poderia contar que elas agora, logo agora, se pronunciariam. Me dizendo, forte e brutamente como tais, que aquelas pessoas e aqueles lugares, nada mais eram que toda a importância da minha vida, que todo aquele mundo estranho fez o que hoje eu sou.
Então deixo minha raiz hoje mais forte e resistente, como antes nunca foi, por falta de adubo, por falta do tal do amor. E vou, mas com a certeza que raiz como essa que eu tenho, não há desgaste de tempo que um dia possa desestruturar. Vou. Feliz. Triste e ansiosa. Pois agora volto para cuidar de uma semente, que a pouco tempo plantei, e preciso dela com raízes fortes, que para isso, aqui aprendi, com o tal do adubo, com o tal do amor.

Criança

Um dia de risos, brincadeiras, fotos, gargalhadas. Gargalhada de criança. A mais pura, a mais gostosa, mais doce. A gargalhada mais inocente. E o sorriso? Sem explicação, é o que te faz levantar-se quando tudo desmorona, é o que te faz reagir, quando não se têm forças, é o que te faz gritar, quando se pensa não ter voz.
Ela nos faz pensar em tanta coisa, nos faz pensar não só na vida, mas em você mesmo. Faz-te pensar e refletir em seus atos. Faz-te entender, que para viver, não se precisa muito, apenas viva, sinta-se bem, sinta-se feliz.
Como pode uma criança, ainda tão desentendida da vida, mudar tanto as pessoas? Fazer com que elas despertem os mais desconhecidos sentimentos, os que ninguém explica, apenas sentem. Fazer você amar tão intensamente.
Tão nova, tão pequena, será que ela tem noção do 'poder' que tem?
Criança, o mais perfeito ser humano!

Ano Novo

Lembro exatamente o 1° dia desse ano (2007)! Foi bom, muito bom! Estava anciosa para saber o que aconteceria durante o ano, fiz planos e promessas, aquelas mesmo que ninguém cumpre. Fiz aqueles desejos que todo mundo faz, e torci para dar certo, como exemplo, passar de ano direto na escola. Prometi mudar todas aquelas coisas ruins que a gente sempre diz que vai mudar. Mas não mudei, muito menos cumpri minhas promessas! Talvez seja esse o espírito da coisa, a gente tem um motivo a mais para mudar, fazer o que não tivemos coragem de fazer, ter abraçado, ao invés de ter apenas cumprimentado, ter beijado, ao invés de ter apenas abraçado. Ter feito afinal, aquelas coisas que deveríamos ter feito, tenho certeza que elas teriam mudado nosso ano seguinte.
Amizades, amores, conversas, oportunidades, momentos, pessoas, tristezas e alegrias vieram e se foram esse ano. Coisas banais que poderiam ter sido fundamentais, e coisas fundamentais que poderiam ter sido banais, tudo depende do que a gente vá fazer. Eu aconselho a tentar fazer das coisas banais, fundamentais, que nem sempre seja fundamental, mas que não seja banal.
Talvez no ano seguinte, tudo aconteça de novo, novas pessoas, novas coisas, nova vida, ou não. Mas preserve do ano que passou tudo aquilo de melhor que aconteceu, como aquela amiga, aquele amor, aquele momento em especial, nem que seja apenas em recordações. Não esquecendo das coisas ruins, elas vão ajudar a gente impedindo que não aconteçam de novo, basta à gente querer.
Acho que ano novo é isso, levar as coisas importantes que nos aconteceram, e criar esperanças de mudar nossas vidas, com promessas, mudanças e desejos. Então porque não mudar? Se existe esperança, existe chance. Prometa também, que irá cumprir as promessas feitas, mas faça isso diferente, não fale da boca para fora. Só assim você vai ter a verdadeira chance de enfim, mudar.

Lugarzinho

De vez em quando bate uma saudade, às vezes me pego lembrando de tudo o que já passei lá, as coisas que lá vivi, e que aprendi, que vou levar sempre comigo, a melhor parte da minha vida. Lá estão meus amigos de infância, lá estão os lugares que brinquei, corri e me diverti, a cada esquina tem-se uma história, tem uma cicatriz. Assim como nos apegamos a pessoas e coisas, nos apegamos a lugares, tão intensamente quanto. Como não se apegar a um lugar, que por mais não excepcional que seja, foi o palco da sua vida, onde você estreou, atuou, errou, aprendeu e enfim, viveu. 
De lá, eu conheço cada rua, cada canto, não há um lugarzinho, que eu já não tenha pisado, não há uma casinha que eu já não tenha visto, e se hoje tudo mudou, ainda vejo como era antes, como se eu houvesse tirado uma foto, me fazendo ver sempre da mesma maneira. Antigamente aquilo era um mundo para mim, só existia aquele lugarzinho, mas descobri que o mundo é tantas vezes, bem maior que o meu lugarzinho.
Vi que o meu lugarzinho era tão pequenininho, porém composto dos melhores tipos de pessoas, admito que das piores também. Mas a simplicidade e humildade das pessoas, faz do meu lugarzinho, o mais bonitinho.

17 de maio de 2011

O mal da doença

O mal da doença é nunca achar que vai acontecer com você. O mal da doença é você não acreditar nela quando ela chega e permitir que esta ocupe um espaço maior que deveria. O mal da doença é te desestruturar quando mais precisa de base.  É achar que vai ser o fim do mundo, que não terá mais volta. O mal da doença é achar que tudo está perdido, é olhar para um só lado e não acreditar que pode ter uma chance. O mal da doença é que ela te deixa pessimista, ela não te deixa acreditar. O mal da doença é que ela te faz afastar de todos, pois você sempre acredita que sozinho é melhor, que ninguém pode te ajudar. O mal da doença é enxerga-la maior do que é. É acreditar que tem cura e decepcionar-se logo em seguida. O mal da doença é imaginar sobre ela e pesquisar na internet. É achar que estão todos contra você, é iludir-se achando que fugindo é a melhor opção. O mal da doença é que por um segundo você achar que passou, mas ela está mais presente que seu melhor amigo. O mal da doença é não poder arrancá-la de você, é ter que aturá-la. O mal da doença são os remédio todos os dias, remédios que te farão mal daqui há alguns anos. O mal da doença é apenas ver o lado negativo.
Mas o bom da doença é acreditar que existe sim lado positivo, é saber que existem pessoas ao seu lado que vão te ajudar. O bom da doença é pensar que você pode carregar aquilo, que você é forte o suficiente. O bom da doença é saber que tem gente pior que você, é perceber que muitos são mais felizes com menos que você. O bom da doença é que alguém acredita em você, e que nunca está sozinho. O bom da doença é receber um chamego nos dias de exames rotineiros, é ser tratada como criança enquanto nem há necessidade. O bom da doença é acreditar no próximo, é criar expectativas. O bom da doença é fazer planos, é saber que nada te impede de viver. O bom da doença é saber que você está bem, é fazer melhor a cada dia. O bom da doença é trazer queridos para perto, é saber que pode sim dar certo. O bom da doença é perceber o quanto já lutou sem nem perceber, é ter auto-estima apesar de tudo e alegria em função de nada. O bom da doença é ter a certeza de quem realmente te ama, é saber quem verdadeiramente gostaria de estar ao seu lado, mas não pode. O bom da doença é admitir seus erros e não permitir comete-los de novo. É amadurecer. O bom da doença é quando alguém te deixa gerar expectativas, é saber que tudo não está acabado, mas que tudo pode estar apenas começando, à cada dia mais uma nova chance.

Coisas de relacionamento

Essa coisa de relacionamento é cheia de detalhes. Movida por pequenos detalhes que mesmo tendo acontecido há anos atrás eles retornam para provocar alguma discórdia.
As coisas ruins não saem de nossas cabeças. Uma vez que ele(a) erra, dificilmente esqueceremos, por mais que esteja perdoado(a). Um relacionamento é movido por tantas coisas. Pequenas e simples coisas, principalmente. Aquele abraço que você não deu e que será eternamente cobrado. Aquele esquecimento, que nunca mais será esquecido.
Um relacionamento é complicado. Já é difícil lidar com seus próprios sentimentos, o que dirá os de outra pessoa e no seu mais íntimo possível. O(a) companheiro(a) é a relação mais íntima que temos com alguém. Principalmente corporal. Há quem acredite no “segredo de cama”. Pois na cama, tudo é revelado. Pode ser seu melhor amigo, mas você vai acabar contando do problema mais pessoal dele para seu companheiro(a), talvez seja natural. Mas daí toda essa intimidade, pode se direcionar para coisas boas, ou claro, coisas ruins. Podemos conhecer melhor aquela pessoa e fazer disso, motivos e degraus para sempre tentar estar bem com este(a). Mas, por outro lado, podemos sem querer, usar toda essa intimidade contra o próprio casal, contra a própria relação. E esta ser destruída aos poucos, ao invés de crescer.
Relacionamento é ligar quando vai ali na esquina. E é não ligar quando você vai àquela mega festa. Relacionamento é confiar acreditando. É não imaginar, pois este toma conta de sua cabeça. Maldita imaginação. É respeitar esperando ser respeitado. É fazer por onde sempre, do momento em que acorda e lhe deseja bom dia, ao que se vai dormir e lhe deseja bons sonhos. É dedicação total. É carinho por amor. É amor sem esperar nada em troca, mas receber proporcionalmente tudo de volta. É beijar sem olhar ao redor e abraçar quando todos estão olhando.
Mas amar principalmente, pois só assim podemos facilitar a árdua missão do relacionamento. Só com amor, podemos passar por cima de muitas coisas que te destruiriam no primeiro dia, só por amor podemos pensar em mudar por alguém. O que não se faz sem uma verdadeira motivação. O amor.
Enfim, relacionamento é realmente complicado, o ser humano é por si só complexo demais. E dois, querendo viver como um só, torna-se a coisa mais difícil ainda. Mas o que seria de nós humanos, sem essa coisa de relacionamento?

Educação

É a base de tudo, sem ela não vivemos, sem ela não tem sociedade (pelo menos não deveria):

                                                        EDUCAÇÃO

Educação não é o problema do país, é que nem dinheiro: a falta dele é que causa transtornos.

Acredito no poder da educação. Se hoje estamos assim, perdidos, é por falta da tal da educação. E não só a que aprendemos nas escolas, o saber ler e escrever, fazer contas, etc, mas a educação em geral.

                                      Você se considera educado(a)?

                   Fala a verdade, seus pais te deram educação realmente?

Segundo o Mini Dicionário Aurélio educação é:

  1. Ato ou efeito de educar(-se). 2. Processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano. 3. Civilidade, polidez.

Pois é, não acredito que a maioria dos brasileiros sejam educados, a não ser em comerciais de televisão.
Isso sem mencionar a questão de civilidade, polidez, MORAL DO SER HUMANO.
Pois isso passa longe do perfil de um típico carioca.

Educação para mim é respeitar o próximo, é dignidade, é honestidade.

É passar pela portaria e dar bom dia à quem presta um serviço à você, mesmo que indiretamente. E não somente ao seu patrão, que na maioria das vezes você está falando mal dele pelas costas.

Educação para mim é jogar não só aquele pacotão de biscoito na lixeira porque é tão grande que você não tem outra opção, mas também jogar aquele “triangulo” do corte do sache de katchup, que cai ao cortarmos para abrir.

Para mim educação é tirar sim os cartazes que ficaram jogados pelas ruas após eleições, ainda mais quando o dono de tais cartazes, DEVERIA ser um exemplo a ser seguido.

                                       E aí? Você é educado(a)?

Problema não se resolve com outro problema

Realmente a proposta é LINDA, TENTADORA eu diria.

Mas cai entre nós, nossa realidade é outra, e bem diferente da que temos visto por aí.
Televisão apenas não basta, nunca bastou, e nem NUNCA vai bastar. Nunca vamos saber a real dimensão do problema no qual vivemos. Mas acredite, e esteja certo, que é BEM maior do que vemos por aí.

A quantidade de favelas que temos no Rio é absurda! A quantidade de mendigos, moradores de ruas, crianças se prostituindo e se drogando, "pivetes" que roubam para sustentar vícios e estômagos, é simplesmente SURREAL.

Abrigos, hospitais psquiatricos, clínicas de tratamento estão cada vez mais cheios de pessoas que vem, em sua maioria, das ruas. E ao contrário do que se imagina, o número de moradores de rua não tende a baixar, mas também a aumentar cada dia mais.

É daí para pior. Se pensarmos que, o número de pessoas que moram em comunidades, favelas e até mesmo na rua, é MUITO, MUITO maior do que os que vivem em belos prédios e enormes casa, já temos um grande problema. A desigualdade. E é grande mesmo, como muitos dizem e concordo plenamente, existe um enorme abismo entre pobres e ricos.

E sempre foi assim.
Relatos históricos, e até mesmo as próprias novelas de época que temos hoje em dia, nos mostram a disproporcional diferença do número entre "barões" e escravos. (Passe a perceber).

Mas se eram (são) em quantidade vantajosamente maior, porque não encará-los, lutar contra e aparentemente ganhar?
Simplesmente porque existia (existe) a violência de exemplo.

Escravos apanhavam (apanham) absurdamente ou até morriam em somente desacatar uma simples ordem.

A polícia violenta que temos hoje, é exatamente para isso, para dar exemplo a outros, como antigamente. O método não mudou.

MAS, se fossem dados aos escravos devida educação, tanto moral quanto acadêmica, teríamos tantas desigualdades e desacordos?

Até porque é normal, quando um irmão é presenteado e o outro não, este sentir o descaso, se sentir de lado, se sentir diminuido. E possivelmente querer tomar daquele irmão, o que lhe foi presenteado, para não se sentir tão mal, tão excluído. 

Isso é natural.

Sem falar no método "cala boca". Eu te dou uma ajuda, um bolsa-auxílio e você fica na sua. Mas isso é assunto para um novo texto.

Afinal, o que tem de errado com o irmão "excluído" para não ganhar um bom presente assim como o outro? (Isso, seguindo a lógica da sociedade democrática em que vivemos - direitos iguais para todos).

Ou seja, bater, matar, espancar, diminuir e pisar em cima, infelizmente não vai resolver o problema.
Serve apenas para criar mais revolta no irmão excluído, que assim vai sempre tentar tirar de alguém, o que a ele por alguma razão, foi negado.




O escudo de cada indivíduo

Ao sair de casa a sensação que tenho é que cada pessoa está isolada em suas cúpulas. Que as protegem das próprias pessoas. Uma pessoa pode falar com outra na rua por qualquer motivo, menos por naturalidade. Falamos com esses "estranhos" na rua, em sua maioria, por motivos de necessidade. Quando somos assaltados e nos vemos obrigados a pedir ajuda a alguém, quando estamos perdidos e temos que perguntar para alguém qual a direção correta. Mas nunca, NUNCA por naturalidade.

Você não anda pela rua e encontra gente dando um simples "boa tarde", sem ter a necessidade de ser educado. Mas por simplesmente desejar uma boa tarde ou um bom dia para aquela outra pessoa, que você nem conhece.

Acredito que por trás de CADA pessoa, cada indivíduo, existe uma história. E porque não uma linda história? Tem noção que ao estar em um simples restaurante, existem dezenas de histórias que poderiam ser enredos de filme, de tão interessantes? Mas não conhecemos.

Às vezes sinto vontade de sentar ao lado de uma pessoa e simplesmente começar a conversar. Porque ao passar por uma pessoa na rua, não podemos conhece-la? Porque não podemos ser mais que polidamente educadas ao dizer as horas para alguém e quem sabe começar a conversar com ela, conhece-la melhor.

Ao andar pelas ruas, estamos lidando com pessoas comuns, assim como você, como eu. Pessoas que tem problemas, felicidades, contas para pagar, etc. E melhor, que vive na mesma sociedade que você, talvez até nas mesmas circunstâncias que você, e quem sabe vocês não podem ter muitas outras coisas em comum?

Mas isso serve para enxergarmos a que ponto chegamos. Acredito que irá concordar comigo, quando digo que uma das primeiras e mais importantes coisas que nossos pais nos ensinam é a não falar com pessoas estranhas na rua. E isso é uma cultura. Temos esse bloqueio a lidar com outras pessoas "por aí". Infelizmente a violência é mesmo muito pesada e cruel a ponto de termos que sair com "escudos" de casa, para nos proteger. No ônibus todos ficam com seus fones e celulares EVITANDO qualquer tipo de comunicação com outra pessoa, ao sair dos ônibus CORREMOS para chegar o mais rápido possível ao nosso local de destino, sem dar a mínima chance de trocar um olhar com alguém, que seja.

Sei que é um costume nosso, devido à todos os problemas que vemos no nosso dia-a-dia. Apesar de ter vontade e medo de passar por "maluca", não saio conversando com as pessoas pela rua. Mas eu gostaria, realmente gostaria de sair às ruas e sem preconceitos conhecer novas pessoas, assim, naturalmente. Conversar por conversar, conhecer por conhecer, simplesmente
.

16 de maio de 2011

Qual a sua verdade?

           Quem nunca ouviu aquelas mesmas histórias com milhares de versões diferentes que nos deixam cada vez mais confusos. Mas se pararmos para pensar e, se realmente quisermos, as coisas podem ser resolvidas de forma simples e eficaz. E comunicação é a palavra-chave.
Discussões de famílias, desentendimento com amigos, seja a discórdia que for, dificilmente encontraremos a versão única, nunca existe alguém errado. Por alguma razão, talvez muitas, é comum do ser humano se colocar na posição de vítima, fato até então compreensível. Mas o instigante é pensar em como nos preocupamos em ouvir cada uma das versões individualmente, analisando e opinando, para não muito tarde, tão pouco do problema ser resolvido. Diante a “lei do menor esforço”, para este caso seria mais interessante reunirmos cada fonte com sua versão e expô-las novamente. Fazer com que esses pontos de vista se cruzem, que se comuniquem, para então chegar a uma conclusão. Mas, por algum outro motivo, algumas pessoas escolhem deixar que cada interpretação ganhe proporções imensuráveis, para possivelmente gerar outras desavenças, que abrirão margens para novos conflitos e assim, sucessivamente.
           O ser humano é difícil de se entender, mas arrisco em dizer que, por mais contraditório que pareça, nós, seres subjetivos, temos grandes dificuldades para nos expressar, e o motivo disso deve estar dentro de cada um de nós, esperando que o autoconhecimento ganhe devida forma, para que assim desfrutemos sabiamente, de nós mesmos.

Sejam Bem Vindos!

Olá pessoas!

Sou Cristina Mano, estudante de jornalismo e estou aprendendo a escrever. Gostaria de tentar neste blog, desenvolver meus textos. A princípio como forma de exercício, mas porque não divulgá-los? Sendo assim, aceito e desejo críticas! No final do ano passado, eu e meu companheiro, Ramon Francisco, criamos o blog Sem Comentários, onde lá tínhamos textos críticos, principalmente sobre política. Aqui, quero além de críticos, textos sobre comportamento das pessoas e o que mais vier à cabeça. Peço paciência para possíveis ausências, mas o tempo é corrido.
Quero brincar com as palavras, e auto crítica apenas, não basta!