27 de junho de 2011

O poderoso tempo



É engraçado pensar no tempo. 

Há alguns anos atrás nunca imaginaria que hoje eu estaria estudando jornalismo, fazendo estágios, namorando. 
Enfim. Responsabilidades tive que assumir.

Hoje em dia são tantas coisas na cabeça que dá vontade de jogar tudo para o alto.
Voltar a ser criança novamente.

Mas para falar a verdade, não sei quando virei adulta. Acho até que ainda não sou. Não quero ser.
Quando falam que passa rápido a gente não acredita. E hoje em dia, se arrepende. 
De viver cada momento como deveria... ou talvez eu tenha vivido cada momento em seu tempo. Não sei.

Responsabilidades são difíceis. O mundo visto de "cima" é diferente. Sem graça às vezes. 
Mas inevitável, infelizmente.

Criança, infância, brincar. Tudo isso me parece tão recente. Por que do nada tantas reuniões? Trabalhos? Entrevistas? Contas?

Há um preparo específico para o mundo adulto?
Pois deveria...

Tantas preocupações, cuidados, compromissos. E rugas. 

O tempo passa rápido demais!

Quantos anos você tem?
Saudades da infância não? Lembra-se dela, perfeitamente?

E o que te fez virar adulto? Qual foi o dia em você acordou e havia se transformado em um?
Eu não lembro... ou ainda não chegou meu dia.

Gostaria que nunca chegasse. 

E daqui há alguns anos? 
Marido? Casa? Filhos?

O bom é viver a vida sem acreditar que o tempo passa. Ou corre.

Mas chegou a hora de viver a vida olhando para frente.
Parar de encarar as novidades de costas, pensando apenas em como era, afinal tudo ainda vai ser.

É hora de ser adulta.


Cara feia para mim é fome!


Saí hoje do trabalho e fui jantar fora com meu namorado. Tudo estava ótimo, até o momento de pagar a conta. 

Não. Não estávamos sem dinheiro para pagar. 
A garçonete do restaurante pegou meu cartão para passar em sua máquina. Ela passou uma, duas. Seis vezes. 
E uma mensagem na máquina aparecia dizendo que o cartão estava inválido.

O problema era a cara feia que ela fazia questão de esboçar.
A cada mensagem de erro, ela olhava para mim buscando uma resposta. Como se quisesse que eu resolvesse o problema.
Com aquele olhar: "Querida, seu cartão está bloqueado." Ou algo do tipo.

Minha raiva crescia.

Engoli em seco e então perguntei se haveria outra máquina, descartando com segurança a hipótese de ter alguma coisa errada com o cartão. Por mais que aquela garçonete em si, quisesse muito o contrário.

Ela insatisfeita, foi pegar uma segunda máquina. 
E para sua infelicidade, o cartão funcionou. Ou melhor: a máquina funcionou!

Ela se desmanchando em risos, pediu desculpas, pois se lembrou que a primeira máquina que pegara estava realmente com defeito.

Nessas horas é que dá vontade de falar: "Estudasse minha filha!"

25 de junho de 2011

Médicos genéricos

Ir a um hospital nunca é bom. As pessoas estão em sua maioria com dores, agoniadas, sofrendo por algum motivo. Felizes nunca estão.

Mas há ainda aquelas pessoas que já se acostumaram com o hospital. Há aqueles que encontram no hospital algum tipo de refúgio. Alguns nitidamente saudáveis, estão lá todos os dias. Procurando doenças talvez.

Dos visitantes assíduos, a maioria conhece todos os médicos de determinados setores. Sabem seus nomes, onde moram, sobre suas vidas pessoais.
Um dos assuntos entre os corredores é sobre a filha doente de uma das enfermeiras. E assim vai.

Um estágio mais avançado é quando tais pacientes já se confundem com os próprios médicos. Eles acreditam que por estarem tanto tempo ali, aprenderam a tal da medicina.
Começam a conversar com os "novos" pacientes e ensaiam ali um primeiro atendimento. Perguntam o que sentem, quais as queixas, etc. Perguntas que já cansaram de ouvir e assim, decoraram.

Em cima das respostas, eles começam a lhe medicar o que realmente acreditam dar certo. E ainda confirmam: "A Doutora Fulana me receitou, é muito bom". E isso parece fazer deles pessoas melhores, como se sentissem realizando uma função. Mas o fazem com prazer.

Acontece que estes que acreditam ter estudado essa medicina genérica, tentam passar adiante suas lições. A ponto de em uma simples conversa à espera do ônibus, já terem medicado uma pessoa.
E outra, e mais outra, e outra...

Até que estes assumem suas novas profissões e saem por aí exercendo-a.
E o mais interessante, é que isso não é um tipo de atitude anormal. Ou vai falar que você nunca aceitou uma receita desses médicos genéricos?

23 de junho de 2011

Liberte-se!

Já percebeu que vivemos em uma sociedade de controle? Que vivemos enjaulados? Que quando achamos que estamos livre, é só olhar ao redor que encontramos uma grade?



Acabamos que nos sentimos preso realmente, nos sentimos enjaulados. Olhe ao redor, aonde você está agora? Em um campo aberto? Qual foi a última vez que se sentiu livre?






















Liberte-se de seus medos!

















Liberte-se da vergonha!
















Liberte-se da tristeza!














Por mais fechado que se parece um ambiente, a porta pode estar aberta para você!

Coisas da natureza

 Hoje fiz um passeio no Parque Lage, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Chegamos lá e tiramos várias fotos.

Claro que a natureza chama mais atenção, é a modelo do dia. Rouba a cena com satisfação.



Andando pelo parque nos deparamos com uma árvore que certamente tombou. Mas junto, ela levou o chão. A raiz já havia penetrado no concreto, e quando por algum motivo a árvore tombou, levou junto toda a parte do chão em que estava enraizada.


Mais um pouco e me deparo com esta cena abaixo. Uma das árvores estava sem suas folhas. E fiquei me perguntando como todas as folhas dessa árvore caíram a ponto de ficar assim, sem nada?
Enfim, coisas da natureza.


Pessoas e suas atitudes

Nós humanos, somos realmente muito engraçados. Agimos todos da mesma maneira, instintivamente.
O tempo passa, as pessoas mudam, mas tudo continua o mesmo.

Assim que vim morar no Méier, comecei a fazer Jazz. Lá conheci uma menina e nos tornamos amicíssimas. Sai da academia e tempos depois ainda nos falávamos pela internet, até o dia que mal lembrávamos uma da outra.

Uma tarde, eu estava andando na minha rua, e essa menina vinha em minha direção. Quando a vi fiquei até feliz, por reencontrá-la depois de tanto tempo. Na minha cabeça imaginei uma cena, as duas felizes por terem se encontrado. Parando para conversar, espantadas em como o tempo havia nos afastado, gerando consequentemente, um arrependimento. Arrependimento de deixar a amizade morrer.
Ficaríamos conversando alí por horas, até que uma se atrasasse e tivesse que sair correndo, depois de trocar os novos números de telefone para retomar o contato.

Mas nada disso aconteceu. Ela simplesmente me olhou de longe, e quando realmente passou por mim, fingiu que não me conhecia. Neste dia fiquei extremamente chateada.
Podia pelo menos dar aquele "oi" sem graça. Mas de amigas inseparáveis, passamos por completas desconhecidas.

É estranho ver como o tempo passa e modifica as pessoas.
E se mantêssemos todas as amizades que fazemos ao longo da vida? Não seria fantástico? Mas não sei porque, é exatamente ao contrário que acontece.

Convivemos todos os dias, religiosamente, com um grupo de pessoas. Criamos vínculos, afetos, amizade em si. Mas quando não temos mais a obrigação de estarmos ali, todo o afeto morre. Como se nada tivesse acontecido. Como se tivéssemos criado uma amizade, apenas para facilitar a convivência diária.

E de repente seja isso. Nosso instinto faz com que nos aproximemos das pessoas para fazer os dias melhores. Então para que gastar toda essa energia? Para que "fingir" que são amigos para depois nunca mais se falarem. Ou será que naquele momento eles realmente acreditam na amizade?

Amigos de verdade, sentem que são amigos. Nunca errei em dizer quem eram meus amigos de verdade, e que estes eu não deixaria de falar por um bom tempo, se não para a vida toda. Nunca errei.

Pessoas passam em nossas vidas todos os anos, em vários momentos. Mas nem todas continuam conosco, mesmo que de uma forma indireta, por conta da distância física. Talvez o motivo seja afinidade, fase que estamos passando na vida. Vai entender.

Espero nunca mais ter que fingir uma amizade, se é que isso não é uma atitude natural do ser humano. Mas que todas as pessoas que se aproximem, a amizade aconteça. Instintivamente.

22 de junho de 2011

O que te motiva?

Há quem diga, e acredito, que só agimos por motivações.

Acredito também que nossas próprias ações nos provam tal fato constantemente durante todo o dia, se pararmos para observar.

O que te leva a ficar até tarde fazendo um trabalho? Ou lendo um artigo? O que te motiva a acordar cedo todas os dias de manhã? O que te leva a trabalhar aos fins de semana?
O que te faz lutar para acordar e às vezes para não dormir. Não há uma ação que realizamos, que não seja por uma simples ou qualquer motivação, que seja.

E, se agimos por motivações, são elas então, que movem nossas vidas. Afinal se nada nos motivasse, o que nos levaria a aturar aquele professor chato? O que seria da relação amorosa, dos estudos, da VIDA? Se não... a motivação.

Assim como o que me motivou a escrever estas linhas. Motivação essa que não sei lhe responder porque, apesar de inúmeras respostas passarem em minha cabeça.

E você? O QUE REALMENTE TE MOTIVA?

20 de junho de 2011

Noite ao som da Sinfonia dos Calibres

Nesta manhã li o jornal O Globo e nele havia uma matéria sobre a ocupação do Morro da Mangueira.

A matéria dizia, que os 750 Policiais Civis e Militares, com apoio das Forças Armadas entraram ontem (19/06/2011) por volta da manhã, "sem o disparo de um único tiro" no Morro da Mangueira. Porém, não é isso que afirmam alguns moradores próximos ao local onde a UPP pacificou. 

O jornal diz que a pacificação foi tranquila.



Eu mesma estive neste madrugada no bairro de São Francisco Xavier, e ouvi alguns disparos. Como a própria matéria do Globo diz que outros morros ao redor já foram pacificados, não imaginei que os disparos estivessem vindo destes pacificados morros. E já que a Mangueira estaria em operação, foi inevitável não pensar que os tiros viriam de algum suposto confronto da Mangueira. 

Aguardei pelo jornal hoje ansiosa e nervosa, para saber o que realmente havia acontecido. Mas os fatos não conferem com o que pude ouvir ontem. 

Enfim, o que importa é o benefício que a pacificação trará para os moradores da Mangueira. E só para eles, porque no asfalto a história será outra.

10 de junho de 2011

Onda vermelha

Vamos colaborar com os bombeiros! Pegue sua fita vermelha e mostre seu apoio!

Um dos que mais fazem pelo estado, e que não recebem o devido reconhecimento. Péssimo salário, assim como os policiais militares. E depois querem que estes rapazes tenham algum estímulo para trabalhar. E vai ver quanto ganha um policial, um bombeiro em Brasília. Absurdo!


Os 439 bombeiros foram soltos! (link) Vitória, mas ainda falta! Vamos ajudá-los!

Eu apoio os Bombeiros!

1 de junho de 2011

Uma coisa de cada vez, governo

Depois da matéria que li ontem no jornal O Globo, e que a condensei aqui no blog - ler post, tenho até medo do resultado da que li hoje no mesmo jornal, "Plano contra a pobreza extrema". O Estado do Rio de Janeiro quer investir 1 bilhão de reais até 2014 em reforço no orçamento de 340 mil famílias. É o projeto Renda Melhor, que pretende complementar a renda das famílias, qualificá-las e ajudar na formação dos jovens. 

A princípio a proposta parece ótima, mas vamos ver em 2014. Sem esquecer da Copa que ocorrerá neste ano, e que o Estado irá sediar. Só a obra do Maracanã, um dos doze estádios que serão utilizados no evento, já está saindo mais cara que o previsto - coluna de Ricardo Setti. Mas claro que o financeiro não é nosso problema, certo?



Pois em algumas páginas anteriores temos uma reportagem onde a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, admite que é "ilusão" que 165 pessoas entre líderes indígenas, quilombas, sem-terra e ambientalistas (de uma lista reduzida, já tirando os 42 que foram assassinados) ganhem devida proteção. E que sendo assim, apenas 30 dos 165 ameaçados de morte ganharão proteção. Mas isso é um outro assunto.



Voltando para a matéria do Renda Melhor, há um trecho em que diz: "A linha extrema da pobreza traçada pelo estado é de R$100 mensais per capita. O Renda Melhor concederá de R$30 a R$300 por família beneficiada, para que ela ultrapasse esse patamar". Só nos mostra como a prioridade são os números apenas, pois o interesse maior é de ultrapassar o "patamar" e não de oferecer bons empregos para que estas famílias, por conta própria, consigam alguma coisa. E que elas ultrapassem tal "patamar", mas como consequência e não como objetivo. 

*As fontes de algumas informações deste post foram retiradas do jornal O Globo do dia 01/06/11.